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domingo, 14 de março de 2010

APAE e sua História

Olá!

Um pouco da História do Movimento Apaeano no Brasil

É relevante conhecer a origem e o caminho do Movimento Apeano para melhor compreender as mudanças já alcançadas e as necessidades à sua evolução.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE é resultado de um movimento que destaca-se no País pelo seu pioneirismo.
A primeira iniciativa, no Brasil, de congregar pais de “excepcionais” e outras pessoas interessadas em apoiá-las ocorreu no Rio de Janeiro, empreendida por Beatrice Bemis, membro do Corpo Diplomático norte-americano e mãe de uma pessoa portadora de Síndrome de Down. Nos Estados Unidos, ela já havia participado da fundação de mais de duzentas e cinquenta associações de pais e amigos, admira-se, então por não haver no Brasil, um trabalho dessa natureza. Motivado por aquela cidadã, um grupo congregando pais, amigos, professores e médicos de pessoas portadoras de deficiências fundaram a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE do Brasil, cuja reunião inaugural do Conselho Deliberativo ocorreu em Março de 1955, na sede da Sociedade Pestalozzi do Brasil, no Rio de Janeiro. Esta colocou á disposição parte de um prédio, possibilitando que ali fosse instalada uma escola para crianças excepcionais, com apoio do professor La Fayette Cortes.
A entidade passou a contar com sede provisória, onde foram criadas duas classes especiais, com cerca de vinte crianças. A escola desenvolveu-se, seus alunos tornaram-se adolescentes e necessitaram de atividades criativas e profissionalizantes. Foi organizada, uma oficina pedagógica de atividades ligadas a carpintaria para “deficientes”, por iniciativa da professora Olivia Pereira.
Em 1962, houve a primeira reunião nacional de dirigentes apaeanos, presidida pelo médico psiquiatra Dr. Stanislau Krinsky, em São Paulo. Reuniram-se representantes de doze das dezesseis unidades já existentes, provenientes de cidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraíba.
Pela primeira vez no Brasil, discutia-se a questão da pessoa portadora de deficiência com um grupo de famílias que trazia para o Movimento suas experiências como pais e em alguns casos, também como técnicos na área.
Para facilitar a articulação e o intercambio de ideias, os participantes da reunião sentiram a necessidade de criar um órgão nacional. Em 10 de Novembro de 1962, surge a Federação Nacional das APAEs, que funcionou durante alguns anos em São Paulo, no consultório do Dr. Krinsky. O primeiro presidente da diretoria provisória eleito foi o Dr. Antonio Clemente Filho.
Em 1964, foi construída no Rio de Janeiro, a sede da Federação Nacional da APAEs, depois transferida para Brasília. Adotou-se como símbolo a figura uma flor ladeada por duas mãos em perfil, desniveladas, uma posição de amparo e outra de orientação.
O movimento logo se expandiu para outras capitais e depois para o interior dos estados. Hoje, soma duas mil unidades, espalhadas pelo Brasil. É o maior movimento social de caráter filantrópico do País, na sua área de atuação. Essa multiplicação foi notável, levando-se em conta as dificuldades de um país como o nosso, carente de recursos no campo de políticas e, mais ainda, na área da Educação Especial. Este crescimento vertiginoso foi impulsionado pela Federação Nacional e suas representações estaduais que, seguindo a mesma linha filosófica, permitiram e incentivaram a formação de novas APAEs. Por meio de congressos, encontros, cursos, palestras e outros eventos, o Movimento sensibilizou a sociedade em geral, buscando viabilizar mecanismos que garantam os direitos da cidadania da pessoa portadora de deficiência no Brasil.

“... Tudo era para nós, ainda, profundamente nebuloso. Pouco ou nada sabíamos de nossas reações emocionais, de nossas fantasias, de quão pouco sabíamos lutar; primeiro contra nossa própria desesperança e frustração, depois com os problemas em si, nosso elo comum, o grave problema de deficiência mental...”.
Depoimento de Dona Alda Moreira Estrázula, fundadora da Apae São Paulo.

http://www.apaebrasil.org.br


O Estágio na Ed. Especial foi uma experiência e tanto e, que aprendizado, principalmente, como ser humano! :)

Bjos!

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