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sábado, 27 de março de 2010

Deficiência Visual


Características da cegueira


• Irritação constante nos olhos


• Aproximação do papel junto ao rosto para ler e escrever


• Olhos franzidos para ler no quando de giz


• Cabeça virada para escrever, procurando um melhor ângulo para enxergar


•Dificuldades nas atividades que exijam boa coordenação olho- mão


• Tropeços freqüentes , por não enxergar pequenos obstáculos



Relacionamento


• Provoque-o a sentir o mundo nomeando objetos, ampliando seu vocabulário


• Considere suas habilidades e não suas limitações


• Mostre as dependências da escola situando-o no espaço, comunicando-o sempre que houver mudanças


• Não deixe portas e janelas entre abertas


Baixa Visão


Relacionamento


• Utilize figuras e desenhos com bom contrastes


• Coloque o educando próximo ao quadro de giz


• Desafie o educando a utilizar a visão constantemente


• Evidencie se o educando utiliza recursos ópticos, incentivando-o a usar


• Utilizar caneta de ponta porosa e pauta ampliada para a escrita


• Sensibilize os colegas para auxiliá-lo quando necessário


sábado, 20 de março de 2010

Surdos

Olá,

Histórico da Educação do Surdo

Informações Gerais;

- Início do séc.XVI - Até então os surdos eram considerados ineducáveis. Na Espanha o monge Pedro Ponce de Leon inicia a educação dos surdos usando gestos e o alfabeto dactilológico que eram utilizados em mosteiros onde praticavam a regra do selênico.

- Espanha, França e Estados Unidos durante muitos anos difundiram a Língua de Sinais,

- Alemanha e Inglaterra eram seguidores do Método Oral,

- Século XIX oposição entre Método Oral e Língua de Sinais,

- Em 1880 IIº Congresso Internacional de Surdos em Milão o Método Oral foi definitiva e oficialmente introduzido, marcando o abandono da Língua de Sinais

- No Brasil em 1855 chegou o professor francês, surdo, Ernest Huet, que com apoio de Dom Pedro II fundou no Rio de janeiro, no dia 26 de setembro de 1857 a primeira Escola Brasileira para surdos (atual Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES),

- Os alunos eram educados por meio da Língua escrita, alfabeto dactilológico e Língua de Sinais,

- EM 1881 é proibido o uso da Língua de Sinais no Brasil, dentro do INES,

- Somente em 1981 iniciam as pesquisas sistematizadas sobre a Língua de Sinais,

- Em Santa Catarina em 1982 a FCEE, que antes era oralista adotou a filosofia da Comunicação Total e só mais tarde na década de 1990 iniciou o estudo da LIBRAS,

Em Criciúma - SC

•1979 - SALA DE MULTIMEIOS D. A. (ORALISMO)

•1989 – SALA DE RECURSOS D. A. (COMUNICAÇÃO TOTAL)

•1992 – SALA DE RECURSOS D. A. (LÍNGUA DE SINAIS)

•2004 – SALA DE RECURSOS D. A. (ESCOLA POLO – BILINGÜISMO)

Legislação sobre LIBRAS

LEI 10.436/02

• Reconhece como meio legal de comunicação e expressão a língua brasileira de sinais – LIBRAS e outros recursos de expressão a ela associados.

• Deve ser garantida pelo poder público em geral e empresas de serviço público.

• O Sistema Educacional federal, estadual e municipal devem garantir a inclusão nos cursos de formação a LIBRAS como parte integrante dos PCNs.

Decreto que regulamenta a LIBRAS

Decreto 5626/2005 – Regulamenta a Lei 10.436 Que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS

• Inclusão da LIBRAS como disciplina curricular nos cursos de licenciaturas e optativa nos demais cursos de educação superior a partir de 1 ano da publicação deste Decreto.

• A Língua de Sinais é requisito indispensável para a aprendizagem do surdo, mas só a língua não garante o sucesso na aprendizagem, se assim fosse os alunos ouvintes não teriam problemas na aprendizagem pois os professores são ouvintes e se comunicam usando o mesmo código lingüístico dos alunos.


• É preciso além da língua, que o professor trabalhe de maneira contextualizada iniciando o processo de apropriação da língua escrita a partir do texto e não de sílabas e palavras isoladas.


• O trabalho interdisciplinar, tendo como ponto de partida e de chegada o TEXTO.


• Resultará numa concepção de conhecimento inter e intra pessoal capaz de transformar o entorno social de nossos aprendizes garantindo-lhes assim uma melhor qualidade de vida.


Como garantir educação de qualidade para os educandos surdos?

• Língua de Sinais – Garantia dos direitos lingüísticos
• Aprendizagem significativa – Função social
• Interação - trabalho coletivo
• Concepção de avaliação

ALFABETO EM LIBRAS



Para saber mais:

http://www.surdo.org.br/

http://www.dicionariolibras.com.br


Bjos!

domingo, 14 de março de 2010

APAE e sua História

Olá!

Um pouco da História do Movimento Apaeano no Brasil

É relevante conhecer a origem e o caminho do Movimento Apeano para melhor compreender as mudanças já alcançadas e as necessidades à sua evolução.
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE é resultado de um movimento que destaca-se no País pelo seu pioneirismo.
A primeira iniciativa, no Brasil, de congregar pais de “excepcionais” e outras pessoas interessadas em apoiá-las ocorreu no Rio de Janeiro, empreendida por Beatrice Bemis, membro do Corpo Diplomático norte-americano e mãe de uma pessoa portadora de Síndrome de Down. Nos Estados Unidos, ela já havia participado da fundação de mais de duzentas e cinquenta associações de pais e amigos, admira-se, então por não haver no Brasil, um trabalho dessa natureza. Motivado por aquela cidadã, um grupo congregando pais, amigos, professores e médicos de pessoas portadoras de deficiências fundaram a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais APAE do Brasil, cuja reunião inaugural do Conselho Deliberativo ocorreu em Março de 1955, na sede da Sociedade Pestalozzi do Brasil, no Rio de Janeiro. Esta colocou á disposição parte de um prédio, possibilitando que ali fosse instalada uma escola para crianças excepcionais, com apoio do professor La Fayette Cortes.
A entidade passou a contar com sede provisória, onde foram criadas duas classes especiais, com cerca de vinte crianças. A escola desenvolveu-se, seus alunos tornaram-se adolescentes e necessitaram de atividades criativas e profissionalizantes. Foi organizada, uma oficina pedagógica de atividades ligadas a carpintaria para “deficientes”, por iniciativa da professora Olivia Pereira.
Em 1962, houve a primeira reunião nacional de dirigentes apaeanos, presidida pelo médico psiquiatra Dr. Stanislau Krinsky, em São Paulo. Reuniram-se representantes de doze das dezesseis unidades já existentes, provenientes de cidades do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraíba.
Pela primeira vez no Brasil, discutia-se a questão da pessoa portadora de deficiência com um grupo de famílias que trazia para o Movimento suas experiências como pais e em alguns casos, também como técnicos na área.
Para facilitar a articulação e o intercambio de ideias, os participantes da reunião sentiram a necessidade de criar um órgão nacional. Em 10 de Novembro de 1962, surge a Federação Nacional das APAEs, que funcionou durante alguns anos em São Paulo, no consultório do Dr. Krinsky. O primeiro presidente da diretoria provisória eleito foi o Dr. Antonio Clemente Filho.
Em 1964, foi construída no Rio de Janeiro, a sede da Federação Nacional da APAEs, depois transferida para Brasília. Adotou-se como símbolo a figura uma flor ladeada por duas mãos em perfil, desniveladas, uma posição de amparo e outra de orientação.
O movimento logo se expandiu para outras capitais e depois para o interior dos estados. Hoje, soma duas mil unidades, espalhadas pelo Brasil. É o maior movimento social de caráter filantrópico do País, na sua área de atuação. Essa multiplicação foi notável, levando-se em conta as dificuldades de um país como o nosso, carente de recursos no campo de políticas e, mais ainda, na área da Educação Especial. Este crescimento vertiginoso foi impulsionado pela Federação Nacional e suas representações estaduais que, seguindo a mesma linha filosófica, permitiram e incentivaram a formação de novas APAEs. Por meio de congressos, encontros, cursos, palestras e outros eventos, o Movimento sensibilizou a sociedade em geral, buscando viabilizar mecanismos que garantam os direitos da cidadania da pessoa portadora de deficiência no Brasil.

“... Tudo era para nós, ainda, profundamente nebuloso. Pouco ou nada sabíamos de nossas reações emocionais, de nossas fantasias, de quão pouco sabíamos lutar; primeiro contra nossa própria desesperança e frustração, depois com os problemas em si, nosso elo comum, o grave problema de deficiência mental...”.
Depoimento de Dona Alda Moreira Estrázula, fundadora da Apae São Paulo.

http://www.apaebrasil.org.br


O Estágio na Ed. Especial foi uma experiência e tanto e, que aprendizado, principalmente, como ser humano! :)

Bjos!

sábado, 6 de março de 2010

Aula do dia 05 de Março de 2010 (LEIS)

Olá!

Conhecendo as leis que sustentam a Educação Especial:


• DIREITO CONSTITUCIONAL

• DIREITO HUMANO


INCLUSÃO - FUNDAMENTOS LEGAIS ÂMBITO INTERNACIONAL


1948 – Declaração Universal dos Direitos Humanos

1968 – Princípio de Normalização

1990 – Declaração Mundial de Educação para Todos (Jomtien) – Educação um direito fundamental de todos.

1991 – Resolução 45 da ONU – Institui 2010 – Sociedade para Todos.

1994 – Declaração de Salamanca – Acesso e qualidade

1999 – Declaração da Guatemala – Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.


INCLUSÃO – FUNDAMENTOS LEGAIS ÂMBITO NACIONAL


1988 - Constituição Federal

1996 – Lei de Diretrizes e Bases para Educação Nacional. Lei Nº 9.394 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional

2001 – Resolução Nº 02 – CNE – Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica.

2001 – Decreto Presidencial Nº 3.956 - Regulamenta a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência.

2002 - Lei nº 10.436 – LIBRAS

2004 – MEC – Programa Educação Inclusiva: direito à diversidade

2004 – Procuradoria Federal de Defesa dos Direitos do Cidadão – O acesso de pessoas com deficiência às classes e escolas comuns da rede regular2004 - Decreto no 5.296 - DECRETO DA ACESSIBILIDADE


INCLUSÃO - FUNDAMENTOS LEGAIS ÂMBITO ESTADUAL (SC)


1989 – Constituição Estadual de Santa Catarina

1996 – Resolução Nº 01 – Fixa normas para a educação especial no sistema de ensino de Santa Catarina.

1998 – Lei Complementar Nº 170.

2006 – Política de Educação Especial para o Estado de Santa Catarina.

2006 – Portaria 672 – Requisitos de Acessibilidade aos Estabelecimentos de Ensino Público e Privado.


Levando em consideração o Brasil, podemos perceber que só em 1996, ou seja, não fazem nem duas décadas que existem leis que sustentam o direito do deficiente a educação. O que, para a educação, 20 anos, não são nada!

O Brasil é generoso e moderno na elaboração de textos legais e recordista em desrespeito e intolerância para o cumprimento das leis. Na inexistência de práticas de respeito aos direitos do cidadão reside no desconhecimento da população, na ausência de esclarecimento e informação pelos meios de comunicação.

NOVOS DESAFIOS NOS AGUARDAM (eu e você!)


"Utilizar a diversidade humana e, especificamente, a deficiência, como estratégias catalisadoras de avanço e de justiça sociais; e promotora, como um imã, da formação de redes de pessoas, profissionais, conselhos, entidades não-governamentais e governamentais que, juntos, articularão a construção de um mundo inclusivo". (WERNECK,2002, p.29)


"A diferença é um conceito que só pode ser definido na relação com o outro. Para se conceituar o que é diferente temos que definir o que é igual. É na relação com o outro que o sujeito se reconhece diferente. A singularidade de cada um só é definida nesta relação. Precisamos do outro para identificarmos nossas igualdade e diferenças". (GOFFMAN, 1998)


A PIOR DEFICIÊNCIA, É A DEFICIÊNCIA ESPIRITUAL!



Aprecie o vídeo :)
http://www.youtube.com/watch?v=KSovq_5NlaM

Deficiente?

Bjos!

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aula do dia 26 de Fevereiro de 2010

Neste dia tivemos nossa primeira aula de Educação Especial, com a professora Albertina, a Beta. A professora nos apresentou o plano de ensino, no qual contém os objetivos, conteúdos, baseados na Ementa da disciplina:

Evolução histórica do conceito de deficiência. Políticas de educação inclusiva. Fundamentos legais. Diferença e Diversidade. Construção das identidades e práticas pedagógicas dos aprendizes: cegos, deficientes mentais, deficientes físicos e deficientes múltiplos.

Bom, neste primeiro momento podemos perceber que há muito a ser estudado! :)

Seguindo, Beta nos disponibilizou algumas referências bibliograficas, que ajudarão na caminhada do aprendizado. Dentre algumas estão:

  • LIMA, Priscila Augusta. Educação inclusiva e igualdade social. São Paulo: Avercamp, 2006.

  • O'REGAN, Fintan. Sobrevivendo e vencendo com as necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Artmed, 2007.

  • CARNEIRO, Moaci Alves. O acesso de alunos com deficiência às escolas e classes comuns - Possibilidades e limitações. Petrópolis RJ: Vozes, 2007.

Dentre estes e outros livros, ficamos responsáveis em fazer uma escolha para posteriormente fichá-los e socializá-los com a turma.

Em seguida, a professora nos apresentou a História/Evolução do conceito de deficiência. A seguir uma breve introdução do tema:

- Antiguidade Clássica (400 a.c - 476 d.c): Os deficientes, simplesmente, eram "exterminados". Eles eram considerados "bruxos". Para se ter uma ideia, as famílias que tinham um deficiente eram isoladas da convivência social.

Um bom exemplo: Você lembra/conhece a história do Corcunda de Notre-Dame? É um filme de animação de longa-metragem, considerado um clássico, produzido pelos estúdios Disney em 1996, e baseado no livro Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo. (Vale a pena conhecer).

Essa história relata muito bem como eram tratados os deficientes na época.

- Idade Moderna (1453-1789): Neste momento da história, os deficientes passaram a ter um olhar mais clínico, ou seja, passaram para as mãos dos médicos, no qual se aprofundou as pesquisas, descobrindo os tipos de deficiências, tratamentos...

- Idade Contemporânea (1790 aos dias atuais): Fala-se em direitos, igualdade entre os deficientes e os "normais", preocupa-se com a inserção na educação. Porém, essa inserção, serve só para uma parte da sociedade, ou seja, os que tinham mais condições sociais, os privilegiados. A palavra que aqui se define melhor é INTEGRAÇÃO.

Em um outro momento da Idade Contemporânea, a partir dos anos 80 até os dias de hoje, a preocupação foi com a INCLUSÃO. As escolas (a sociedade) passaram a se preocuparem em receber os deficientes de acordo com sua especificidade, atendendo a partir de suas necessidades. Os direitos são para todos, sem exclusão social.

Hoje em dia há os direitos, o respeito pela diversidade, na qual as escolas (são obrigadas) a se modificarem para receber estes alunos especiais (teoricamente). Porém, infelizmente, tem muita coisa ainda para ser superado (na prática), mas estamos na luta!


"Nós não devemos deixar que as incapacidades das pessoas nos impossibilitem de reconhecer as suas habilidades." - Hallahan e Kauffman, 1994

Bjos!